segunda-feira, 14 de junho de 2010

Últimas notícias do mercado de hortifrutícolas

Leia a seguir a movimentação do mercado das principais frutas e hortaliças da última semana.

BATATA: Volume ofertado volta ao “normal”
Na última semana, a batata especial padrão ágata foi comercializada na Ceagesp à média de R$ 65,41/sc de 50 kg, desvalorização de 8% em comparação ao período anterior. O ritmo de colheita segue intenso nas regiões produtoras. Este mês é pico de safra das secas e o tempo está favorável para as atividades de campo. O ritmo de colheita deve continuar com bom ritmo nos próximos dias, já que não há previsão de chuva significativa nas áreas produtoras.

CEBOLA: Preços não param de cair na fronteira
Na semana passada (07 a 11/06) a média de preços da cebola da Argentina em Porto Xavier (RS) foi de R$ 27,00/sc de 20 kg caixa 3, queda de 11%. Importadores da região alegaram que os preços caiam ainda mais nas próximas semanas, visto que a cebola nacional vem se mostrando mais atrativa frente aos bulbos argentinos, diminuindo a procura pelos últimos. A previsão é de que até meados de julho a oferta nacional não consiga abastecer completamente o mercado interno, o que sugere que mesmo com sucessivas desvalorizações nos preços, ainda haja abastecimento do país vizinho.

CENOURA: Aumenta a procura em Minas Gerais
Na semana passada (07 a 11/06), houve aumento na demanda nas regiões produtoras de Minas Gerais devido ao aumento da procura de compradores das regiões de Cristalina (GO) e Irecê (BA), que estão com pouca mercadoria. Além disso, a oferta reduziu devido às temperaturas mais baixas, que atrasam o desenvolvimento da cenoura. Frente a este cenário, a caixa “suja” de 29 kg teve uma valorização de 33% na semana passada frente à anterior. Para esta semana, o mercado deve continuar aquecido.

TOMATE: Vendas fracas desvalorizam tomate
Na semana passada (07/06 a 11/05), o tomate salada 2A foi desvalorizado em 11% na Ceagesp, sendo comercializado na média de R$ 25,40/cx de 23 kg. Essa queda se deve às vendas bastante fracas nas regiões produtoras e à oferta baixa no mercado causada pela maturação lenta do fruto. Para esta semana, o tomate deve ser mais valorizado, pois no fim da semana passada, mais especificamente na sexta-feira (11), produtores comentaram que a procura melhorou e não houve sobra de mercadoria no mercado.

BANANA: Nanica valoriza 69%
A banana nanica valorizou 69% na média da última semana (07 a 11/06) em comparação com a anterior Bom Jesus da Lapa (BA), com a caixa fechando a média de R$ 9,31/cx de 22 kg. O aumento nas cotações é devido à baixa oferta da variedade no mercado interno. A perspectiva é que na próxima semana a nanica baiana continue com bons preços ao produtor.

CITROS: Sem grande oferta, preço se sustenta
As cotações da laranja no mercado doméstico estão sustentadas pela baixa oferta de frutas. Na média da semana passada, da pêra foi de R$ 14,95/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 2,6% em relação à da semana anterior. As variedades precoces, hamlin e westin, foram negociadas entre R$ 10,00 e R$ 15,00/cx, na árvore. Quanto às indústrias, estas estão processando frutas de pomares próprios e de contratos. Em menor volume, também estão recebendo laranjas precoces no portão (mercado spot, sem contrato) a R$ 14,50/cx e poncã, a R$ 10,00/cx, ambas postas.

MAÇÃ: Preço da gala ao produtor começa a reagir
O volume de maçã gala disponível no mercado interno está menor devido ao término da colheita no Sul e ao armazenamento das frutas. Este fator possibilitou um leve aumento nos preços da maçã nos pomares do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Outro fator relevante é de que a procura pela variedade gala é superior à de fuji. A maçã gala graúda Cat 1 (calibres 80 a 110) foi vendida em São Joaquim (SC) a R$ 25,17/cx de 18 kg na semana passada (07 a 11/06), alta de 5% em relação à anterior.

MAMÃO: Preços de mamão devem se manter em patamares altos
Na semana passada (07 a 11/06), o mamão formosa teve alta de 55% nas cotações em relação ao período anterior. A variedade foi vendida a R$ 14,50/cx de 13 kg. Já o havaí do tipo 15-18 foi vendido a R$ 23,88/cx de 8 kg, valorização de 9% no mesmo período. O frio diminui o volume produzido e desacelera a maturação da fruta nas principais roças fornecedoras, ocasionando a redução na oferta. Para esta semana, os preços devem se manter nos mesmos patamares, visto que não há previsão de aumento na produção.

MANGA: Menor volume de manga eleva preços
Os preços da manga na roça têm reagido devido ao menor volume de tommy atkins em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, e em Livramento de Nossa Senhora (BA). Tanto no Vale como em Livramento de Nossa Senhora, a tommy atkins foi comercializada à média de R$ 0,77/kg na semana passada. Em Livramento, o preço da variedade reagiu 15% em relação à semana anterior e, em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), a valorização foi de 35%. A expectativa de produtores do Vale do São Francisco é que o volume de manga, em geral, seja maior a partir da segunda quinzena de julho e, em Livramento, esse aumento é esperado para o início de agosto.

MELÃO: Acúmulo de fruta na Ceagesp reduz preços
As vendas de melão seguiram baixas no decorrer das últimas semanas e, com isso, os estoques do melão estão elevados nos boxes atacadistas. A oferta é reduzida nesta época do ano, e mesmo assim, a fruta tem apresentado pouca saída, segundo atacadistas. De modo geral, a queda nas vendas neste período do ano é devido ao clima frio, que retrai as vendas de frutas de modo geral. O melão amarelo tipo 6-7 foi vendido na Ceagesp em média a R$ 17,22/cx de 13 kg na semana passada, recuo de 8% em relação à anterior.

UVA: Marialva e Norte do Paraná iniciam as podas para final do ano
Na última semana (07 a 11/06), em Marialva (PR) e no norte do estado alguns produtores já iniciaram as podas para a safra do final de ano. A safra deve iniciar em meados de novembro. Nesta semana, os preços também se sustentaram por conta da menor da oferta. A itália em Marialva foi a cotada a R$ 2,24/kg, valor 2% superior ao da semana passada. Para a próxima semana, a oferta deve permanece retraída mantendo os preços em patamares semelhantes.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

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