segunda-feira, 31 de maio de 2010

Batata: Após recordes de preços, cenário começa a mudar

Os preços da batata têm animado muitos produtores neste ano de 2010. No início de março deste ano, a equipe de analistas de mercado de batata da Hortifruti Brasil levantou os maiores preços desde o início das pesquisas sobre a batata no Cepea, em 2001. Alguns atacadistas de Belo Horizonte (MG) foram contemplados com preços de até R$ 200,00/sc de 50 kg em março deste ano.

O cenário tem mudado nas últimas semanas e, especialmente, na última. O clima firme em todas as regiões produtoras, a intensificação da colheita da safra das secas e o restante de batata da safra das águas resultaram em um volume maior no mercado nos últimos dias. Resultado: os preços da ágata especial padrão ágata desvalorizaram 40% na média da semana passada, a R$ 61,25/sc de 50 kg, na roça. Mesmo com grande oferta e a preços mais baixos, a demanda esteve desaquecida devido ao período de fim-de-mês, quando o consumo é tipicamente menor. Com a intensificação da colheita na região do Sudoeste Paulista, as cotações podem ser ainda mais pressionadas nesta semana.

Há um bom volume disponível no mercado também de outras hortaliças, como cenoura, cebola e tomate. Assim como para a batata, as vendas estiveram moderadas também para estas hortaliças, visto a baixa aquisição no período de fim-de-mês. Particularmente, muitos tomates colhidos na última semana foram enviados ao mercado ainda verdes, já que o frio “segura” a maturação dos frutos.

Para o mercado de frutas, o consumo continuou reduzido nos últimos dias. Dias mais frios e o período de fim-de-mês reduziram o consumo, como verificado nos mercados de maçã, mamão, manga, melão e uva.

Quem conseguiu resistir ao frio e ao período de baixo consumo foram a banana e a tangerina poncã. Houve pouca oferta de banana nos últimos dias, o que induziu em maior procura pela fruta. A tengerina poncã, de sabor diferenciado e fácil manuseio, também foi bastante procurada na última semana, mesmo apresentando preços maiores em relação ao mesmo período do ano passado.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Frio e fim-de-mês: redução no consumo de frutas e hortaliças

Foto: Hortifruti Brasil


A chuva e a queda nas temperaturas em quase todo o Brasil foram os principais fatores que diminuiram o consumo desses frutas e hortaliças na última semana. É o caso da banana, maçã, mamão, melão, tomate, uva e laranja. O fato de ser período de fim-de-mês também contribuiu para a redução no consumo, pois a condição aquisitiva do consumidor é menor nos últimos dias do mês.

Além de o clima ter influenciado no mercado e, consequentemente, nos preços, o aumento da oferta de algumas frutas e hortaliças também pesaram nas cotações de alguns hortifrutícolas da última semana. Houve aumento da oferta de batata devido ao início da colheita da safra das secas, a oferta também é maior de cebola e de manga no Nordeste e a alta produtividade de cenoura possibilitou um maior escoamento ao mercado.

Para esta semana, o mercado deve ser similar, pois a continuidade do clima ameno deve predominar em boa parte do Brasil e, os recebimentos dos salários, a partir do fim-de-semana.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

É a vez de a cebola apresentar preços recordes


O preço da cebola bateu recorde na última semana. Em Irecê (BA), a cebola teve aumento significativo de 43% na última semana em comparação com a anterior, com o quilo ultrapassando R$ 2,00 na roça. Esse valor, em termos nominais, é o maior já registrado pelo Cepea desde o início do levantamento, em 2001. Com as cotações em alta, alguns produtores estão mais otimistas com a safra após ser severamente prejudicada pelas chuvas de fevereiro a abril. Em 2010, a batata e o tomate também apresentaram recordes de preços, conforme os dados do Cepea.

Apenas a cenoura, dentre as hortaliças analisadas pela Hortifruti Brasil, é quem está devendo preços mais remuneradores ao produtor. E isso ainda pode demorar um pouco. As regiões produtoras de Minas Gerais, principal ofertante no momento, estão com a produtividade elevada favorecida pelas boas condições climáticas. Assim, os preços pagos ao produtor devem continuar limitados.

O clima também tem refletido em outros mercados. As temperaturas mais amenas, típicas de outono, influenciaram tanto no consumo como no desenvolvimento de alguns hortifrutis.

No caso do tomate, por exemplo, as temperaturas mais baixas diminuíram o ritmo de maturação dos frutos, o que fez com que produtores colhessem menos tomate e, consequentemente, destinassem menos oferta ao mercado doméstico. Nas regiões que produzem mamão, o clima mais frio também desacelerou a maturação, e a entrada de frutos mais verdes entraram no mercado, conforme comentaram atacadistas.

O atual clima é benéfico para o desenvolvimento de floradas em pomares de manga no estado de São Paulo. Enquanto as floradas em árvores de manga palmer já estão se antecipando, as de tommy atkins têm previsão para iniciar em junho.

No quesito consumo, as temperaturas mais amenas reduzem o consumo de hortifrutícolas, em especial o de frutas. É o que foi verificado nos mercado de uva, maçã, banana e melão.

Além do frio, preços mais altos de algumas frutas e hortaliças também pesaram nas compras do consumidor. Mesmo com menores preços nos últimos dias, a batata ainda encontra-se em patamares altos de preços: a saca de 50 kg chegou a ser comercializada por cerca de R$ 130,00 na Ceagesp (SP).

Paralelamente, as negociações no mercado de laranja seguem aquecidas, principalmente ao segmento industrial. Parte dos citricultores paulistas estão se remunerando melhor neste ano em comparação à 2009, pois os valores de contratos estão mais atrativos ao produtor neste ano – em conseqüência da menor produção mundial (São Paulo e Flórida). O anúncio da fusão de 2 das maiores empresas brasileiras de suco de laranja na última semana também devem agitar a citricultura.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

Especial Citros 2010


O Especial Citros 2010 já está disponível na página da revista! Esta é a edição de marca o 8º aniversário da publicação!
Neste especial, foram avaliados os custos de produção e de reposição de patrimônio de três fazendas de laranja do estado de São Paulo pela Equipe Custo/Cepea. Nessas fazendas, aumentou o custo com inseticidas na tentativa de controlar o HLB (mais conhecido como greening), o maior desafio do citricultor no momento.

Leia a opinião dos três citricultores que tiveram os custos de suas fazendas de laranja avaliadas e o que eles esperam para o futuro da citricultura. A equipe Citros/Cepea também aplicou à sua a rede de colaboradores um questionário a respeito dos custos de produção e dos preços recebidos em 2009. Confira!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hortifruti Brasil na Hortitec 2010



A Hortitec está chegando e nós da Equipe Hortifruti Brasil/Cepea já estamos nos preparando para recebê-lo em nosso estande.

O evento ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de junho no Recinto da Exploflora, em Holambra (SP). Estaremos localizados no Setor Azul, estande nº 38. Todos os pesquisadores da Hortifruti Brasil estarão presentes na Hortitec, e convidamos a todos a nos visitarem e bater um papo sobre o setor hortifrutícola.

Aproveite e venha retirar um exemplar da revista Hortifruti Brasil! Na edição de junho, terá o Especial Tomate, com um estudo sobre gestão de custos da tomaticultura.


Ainda tem mais!




Neste ano, daremos continuidade ao III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças, o ciclo de palestras realizado pelos analistas da Hortifruti Brasil com as projeções 2010-2011 de cada produto-alvo da publicação. O Simpósio será no Auditório da Hortitec no dia 17 de junho (quinta-feira), a partir das 14h30, e é gratuito a todos os interessados!

Se você precisar de convite para a Hortitec, entre em contato com a gente pelo telefone (19) 3429-8808, fale com a Daiana e garanta o seu!

Para mais informações, acesse a página oficial da Hortitec clicando aqui.

Venha nos prestigiar!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

Mercado de hortifrutícolas em caminhos opostos

Produtores de batata e de cebola se beneficiaram com melhores preços nas vendas da última semana devido à pouca disponibilidade dessas hortaliças. Para a batata, a oferta está limitada no Sul do País devido ao final da safra em Guarapuava (PR) e Água Doce (SC). Os preços só não estiveram maiores pois atacadistas receavam que o consumidor pudesse diminuir suas compras. No caso da cebola, a oferta limitada em Irecê, na Bahia, acabou sendo destinada principalmente ao mercado nordestino, encarecendo o produto nas demais regiões do Brasil.

Em cenário oposto encontra-se o tomate e a cebola. Produtores de tomate de Mogi Guaçu (SP) iniciaram a colheita nos últimos dias, e deve ocorrer pico de safra de tomate ainda neste mês. Para a cenoura, o clima mais favorável (tempo mais firme e temperaturas amenas) contribuiu para as atividades de campo, favorecendo o aumento de oferta. Assim, quem precisava adquirir cenoura e tomate, acabou encontrando preços mais acessíveis nos últimos dias.

Na cadeia de frutas, produtores de mamão, banana, melão, laranja e maçã foram os que se favoreceram com a melhora do mercado na última semana. As principais regiões produtoras de mamão, Espírito Santo e sul da Bahia, estão com pouca oferta, fato que favoreceu o aumento das cotações. O melão também teve sua oferta reduzida nas lavouras do Rio Grande do Norte e do Ceará devido à finalização da colheita. A banana, por sua vez, teve preços mais acessíveis nas fazendas de Bom Jesus da Lapa (BA), o que acabou reduzindo a procura pela fruta de Minas Gerais. No mercado de laranja, a intensificação de fechamentos de contratos entre produtores e indústrias tem refletido em preços maiores da laranja precoce (principalmente hamlin) negociada no
mercado in natura. Já o consumo de maçãs esteve maior, pois o clima mais firme no Sul do País e o começo de mês influenciaram no consumo.

Aos poucos, a oferta de uva começa a aumentar nas roças do Paraná, devendo atingir pico de safra ainda neste mês no estado. A pouca demanda, no entanto, acabou pressionando as cotações da fruta.

E, para a manga, os preços estão mais baixos nas praças do Vale do São Francisco. A forma que produtores do Vale encontraram para conter uma queda ainda maior dos preços foi realizar a colheita de forma escalonada, com o intuito de “enxugar” a oferta e tentar uma maior remuneração com a manga.

Essas foram as principais informações do mercado de hortaliças. Acompanhe nosso blog para obter mais informações do setor.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Clima norteia mercado de hortifrutícolas

Uma das hortaliças mais consumidas do Brasil, a batata, teve valorização dos preços. Com as chuvas no Sul do Brasil, aliadas à desaceleração da colheita no Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba e à baixa produtividade em Cristalina (GO) foram os fatores para a redução da oferta do produto e, assim, tornando os preços mais altos.

O clima também acabou influenciando o mercado de outras hortaliças, como o de tomate e de cenoura. As temperaturas mais baixas acabaram “freando” a maturação dos tomates de Araguari (MG), enquanto que as chuvas em Marilândia do Sul, no Paraná, limitaram as atividades de campo nas roças de cenoura.

Quanto ao mercado de cebola, a safra sulista já se encerrou, não afetando mais o mercado. No entanto, houve uma maior entrada de cebolas do Chile.

No mercado de frutas, as chuvas ocorridas nas regiões produtoras (Sul do País) adiaram o final da safra de maçã, que deveria ser encerrada na semana passada. Assim, as atividades de campo podem se prolongar por mais 10 dias em algumas fazendas.

Por outro lado, no Rio Grande do Norte/Ceará já é entressafra de melão. Assim, produtores nordestinos devem iniciar os plantios neste mês e aproveitar para negociar com importadores da Europa os contratos de exportação, além de planejar a próxima safra 2010/11.

O mercado de mamão também se encontra em baixa oferta. Pouco é o volume colhido nas regiões produtoras do Espírito Santo e da Bahia, e além disso, as mercadorias estão com calibre miúdo. Assim, o produtor que tiver mamão de maior calibre, consegue vender a maiores preços.

No setor de laranja, o aquecimento nas compras por meio de contratos com a indústria de suco acabou por encurtar os negócios no mercado de mesa. Assim, a entrada de hamlin e westin pode ser limitada no mercado enquanto produtores estiverem fechando negócios com a indústria.

Para o mês de maio, devem aumentar a oferta de banana, manga e uva no mercado brasileiro, movimentando o mercado dessas frutas. O pontapé deve começar essa semana, pois o início-de-mês estimula o consumidor a comprar mais. Bom Jesus da Lapa (BA) deve entrar em pico de safra de banana; Livramento de Nossa Senhora, também na Bahia, deve produzir mais mangas a partir do segundo semestre do mês e a região paranaense de Marialva deve ofertar uvas de melhor qualidade já a partir desta semana.

Essas e outras informações você encontra na revista Hortifruti Brasil. Não deixe de participar dando sua opinião, crítica ou sugestão para nós!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil