segunda-feira, 28 de junho de 2010

De Copa à São João, fatores que influenciam o mercado


Frio, fim-de-mês, Copa do Mundo e feriado de São João. Esses são fatores que influenciaram o mercado de hortifrutícolas na última semana.

O inverno começou no último dia 21 de junho, mas desde o outono as baixas temperaturas em algumas regiões do Brasil vêm reduzindo o consumo de hortifrutícolas, principalmente o de frutas. Na última semana, esse cenário foi observado nos mercados de maçã e mamão.

Particularmente, na última semana, houve ligeiro aumento das temperaturas em algumas regiões, como verificado nas lavouras de tomate. O tempo um pouco mais quente, principalmente durante o dia, fez com que a maturação dos frutos fosse mais acelerada, o que favoreceu o aumento da oferta de tomate nas centrais de comercialização.

Nas últimas semanas do mês, o mercado é caracterizado pelo pouco consumo de frutas e hortaliças, período em que o poder aquisitivo do consumidor costuma ser menor. As poucas vendas foram registradas no mercado de batata, cenoura, melão e uva nos últimos dias.

Os jogos da Copa do Mundo também influenciaram no mercado. Durante a Copa, principalmente em dias em que a Seleção Brasileira joga, as atividades de campo reduzem, o ritmo de comercialização é menor, o consumidor “sai” do mercado...

Paralelamente a esses fatores, alguns agentes de mercado no Nordeste decidiram paralisar as atividades na região devido às festividades do feriado de São João, no último dia 24. O ritmo de comercialização de alguns produtos do Nordeste brasileiro, como a cebola e a manga, ficou reduzido.

Apesar das enchentes causadas pelas fortes chuvas no Nordeste, até o momento não foram reportados danos à produção de frutas e hortaliças na região.

Dentre outros mercados, a banana de Bom de Jesus da Lapa (BA), teve cenário positivo nos últimos dias. A baixa oferta aliada à boa qualidade da fruta baiana atraiu compradores para a região, o quer elevou os preços ao produtor local.

No mercado de laranja, os preços seguem firmes, mas o mercado consumidor calmo. Os preços da laranja pêra ao mercado de mesa estão em torno de R$ 15,00/cx de 40,8 kg, na árvore. Quanto à de fruta posta na indústria (mercado spot, sem contrato), boa parte das laranjas recebidas ainda é proveniente de refugo de beneficiadores. Com a safra das precoces praticamente finalizada, a maior parte da oferta à indústria já é de pêra. Para ambas as variedades, o preço pago pela caixa posta está entre R$ 14,00 e R$ 15,00.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Palestras do III Simpósio estão no site


As palestras ministradas pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil no III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças já estão disponíveis no site do Cepea.

Clique aqui para acessar as palestras!

O evento foi realizado no dia 17 de junho no Auditório da Hortitec, e foi aberto ao público presente na feira.

Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, não deixe de entrar em contato com a gente!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 22 de junho de 2010

Enquete: Quais ações a Hortifruti Brasil deve fazer para a Hortitec 2011?


Gostaríamos de saber de você quais ações a Hortifruti Brasil deveria realizar na próxima feira da Hortitec, que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de junho de 2011.

Para isso, vote em nossa enquete ao lado! Sua opinião é importante para que a cada ano consigamos melhorar nossa relação com os leitores da Hortifruti Brasil! Caso queira dar uma outra opinião, fique à vontade para comentar em nosso blog.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Hortifruti Brasil realiza III Simpósio na Hortitec

Fotos: Hortifruti Brasil

Nos dias 16, 17 e 18 de junho, ocorreu mais uma edição da Hortitec em Holambra/SP. A equipe da Hortifruti Brasil, do Cepea/Esalq-USP, esteve mais uma vez presente na feira, que realizou o III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças, ciclo de palestras realizado pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil sobre as projeções de mercado de 11 frutas e hortaliças.


Abaixo estão as principais considerações do mercado de frutas e hortaliças proferidas pelos analistas de mercado da Hortifruti Brasil na terceira edição do Simpósio.

De forma geral, o consumo doméstico de hortifrutícolas está maior em 2010. Consumidores emergentes estão cada vez mais exigentes com produtos relacionados à saúde, conveniência, praticidade e economia. Esse cenário é observado principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o poder aquisitivo está maior e também há mais acesso ao crédito.


Dentre as frutas analisadas pela equipe da Hortifruti Brasil, as perspectivas estão favoráveis. A área cultivada com frutas deve recuperar parcialmente, pois os bons preços adquiridos pelos fruticultores em 2009 possibilitaram investimentos em 2010. A maior produção de frutas deve favorecer os embarques e incrementar a receita em 2010, principalmente de uva, banana, limão e manga. O alerta é para os impactos climáticos. No lugar do El Niño, deve ocorrer a La Niña a partir do segundo semestre: o fenômeno traz chuvas acima da média no Nordeste e clima mais seco ao Sul e Sudeste. Além disso, a crise na Europa e o euro desvalorizado frente ao Real podem limitar a rentabilidade dos exportadores de frutas.

Além dos fruticultores, produtores de hortaliças também obtiveram bons resultados em 2009, o que também favoreceu maiores investimentos neste ano. Para a safra de inverno, as apostas são em aumento de área, principalmente para batata e tomate.


Na palestra proferida sobre gestão sustentável na cultura do tomate, foi enfatizada a importância de um projeto de ações que o produtor deve realizar para tornar seu negócio mais sustentável. Para que o produtor lucre com o tomate, é necessário que haja em bom planejamento para a cultura. É importante que o produtor, além de calcular o custo de sua produção, avalie também os riscos que podem trazer à tomaticultura: climáticos, fitossanitários e de preços. A grande recomendação é que após cada safra, o tomaticultor avalie a “saúde financeira” de sua fazenda, faça um planejamento para a próxima temporada e guarde um montante em dinheiro para situações de prejuízos na lavoura.


Gostaríamos de agradecer aos leitores que nos prestigiaram em mais uma edição do Simpósio! As palestras proferidas no evento serão disponibilizadas na página da revista Hortifruti Brasil a partir deste semana.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Venha nos visitar na Hortitec!


Já estamos na Hortitec!

Você, leitor, que vai prestigiar a feira, não deixe de nos visitar também, estamos no setor azul, estande no. 38. Nossos analistas de mercado estarão lá para te receber e conversar sobre o mercado de frutas e hortaliças.

Amanhã, quinta-feira (17), realizaremos o nosso III Simpósio Econômico Hortifruti Brasil de Frutas & Hortaliças no Auditório da Hortitec (ao lado dos restaurantes) a partir das 14h. O Simpósio é gratuito a todos os interessados.

Abaixo, confira a programação do Simpósio:

Das 14h30 as 15h30
Perspectivas do Mercado de Frutas

Das 16h as 17h15
Perspectivas do Mercado de Hortaliças

Äs 17h30
Palestra sobre Custos de Tomate

Caso precise de convite para a Hortitec, entre em contato com a gente pelo telefone (19) 3429-8808 que nós entregaremos a você na entrada da feira.

Compareça, a sua presença é importante para nós!

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Últimas notícias do mercado de hortifrutícolas

Leia a seguir a movimentação do mercado das principais frutas e hortaliças da última semana.

BATATA: Volume ofertado volta ao “normal”
Na última semana, a batata especial padrão ágata foi comercializada na Ceagesp à média de R$ 65,41/sc de 50 kg, desvalorização de 8% em comparação ao período anterior. O ritmo de colheita segue intenso nas regiões produtoras. Este mês é pico de safra das secas e o tempo está favorável para as atividades de campo. O ritmo de colheita deve continuar com bom ritmo nos próximos dias, já que não há previsão de chuva significativa nas áreas produtoras.

CEBOLA: Preços não param de cair na fronteira
Na semana passada (07 a 11/06) a média de preços da cebola da Argentina em Porto Xavier (RS) foi de R$ 27,00/sc de 20 kg caixa 3, queda de 11%. Importadores da região alegaram que os preços caiam ainda mais nas próximas semanas, visto que a cebola nacional vem se mostrando mais atrativa frente aos bulbos argentinos, diminuindo a procura pelos últimos. A previsão é de que até meados de julho a oferta nacional não consiga abastecer completamente o mercado interno, o que sugere que mesmo com sucessivas desvalorizações nos preços, ainda haja abastecimento do país vizinho.

CENOURA: Aumenta a procura em Minas Gerais
Na semana passada (07 a 11/06), houve aumento na demanda nas regiões produtoras de Minas Gerais devido ao aumento da procura de compradores das regiões de Cristalina (GO) e Irecê (BA), que estão com pouca mercadoria. Além disso, a oferta reduziu devido às temperaturas mais baixas, que atrasam o desenvolvimento da cenoura. Frente a este cenário, a caixa “suja” de 29 kg teve uma valorização de 33% na semana passada frente à anterior. Para esta semana, o mercado deve continuar aquecido.

TOMATE: Vendas fracas desvalorizam tomate
Na semana passada (07/06 a 11/05), o tomate salada 2A foi desvalorizado em 11% na Ceagesp, sendo comercializado na média de R$ 25,40/cx de 23 kg. Essa queda se deve às vendas bastante fracas nas regiões produtoras e à oferta baixa no mercado causada pela maturação lenta do fruto. Para esta semana, o tomate deve ser mais valorizado, pois no fim da semana passada, mais especificamente na sexta-feira (11), produtores comentaram que a procura melhorou e não houve sobra de mercadoria no mercado.

BANANA: Nanica valoriza 69%
A banana nanica valorizou 69% na média da última semana (07 a 11/06) em comparação com a anterior Bom Jesus da Lapa (BA), com a caixa fechando a média de R$ 9,31/cx de 22 kg. O aumento nas cotações é devido à baixa oferta da variedade no mercado interno. A perspectiva é que na próxima semana a nanica baiana continue com bons preços ao produtor.

CITROS: Sem grande oferta, preço se sustenta
As cotações da laranja no mercado doméstico estão sustentadas pela baixa oferta de frutas. Na média da semana passada, da pêra foi de R$ 14,95/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 2,6% em relação à da semana anterior. As variedades precoces, hamlin e westin, foram negociadas entre R$ 10,00 e R$ 15,00/cx, na árvore. Quanto às indústrias, estas estão processando frutas de pomares próprios e de contratos. Em menor volume, também estão recebendo laranjas precoces no portão (mercado spot, sem contrato) a R$ 14,50/cx e poncã, a R$ 10,00/cx, ambas postas.

MAÇÃ: Preço da gala ao produtor começa a reagir
O volume de maçã gala disponível no mercado interno está menor devido ao término da colheita no Sul e ao armazenamento das frutas. Este fator possibilitou um leve aumento nos preços da maçã nos pomares do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Outro fator relevante é de que a procura pela variedade gala é superior à de fuji. A maçã gala graúda Cat 1 (calibres 80 a 110) foi vendida em São Joaquim (SC) a R$ 25,17/cx de 18 kg na semana passada (07 a 11/06), alta de 5% em relação à anterior.

MAMÃO: Preços de mamão devem se manter em patamares altos
Na semana passada (07 a 11/06), o mamão formosa teve alta de 55% nas cotações em relação ao período anterior. A variedade foi vendida a R$ 14,50/cx de 13 kg. Já o havaí do tipo 15-18 foi vendido a R$ 23,88/cx de 8 kg, valorização de 9% no mesmo período. O frio diminui o volume produzido e desacelera a maturação da fruta nas principais roças fornecedoras, ocasionando a redução na oferta. Para esta semana, os preços devem se manter nos mesmos patamares, visto que não há previsão de aumento na produção.

MANGA: Menor volume de manga eleva preços
Os preços da manga na roça têm reagido devido ao menor volume de tommy atkins em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, e em Livramento de Nossa Senhora (BA). Tanto no Vale como em Livramento de Nossa Senhora, a tommy atkins foi comercializada à média de R$ 0,77/kg na semana passada. Em Livramento, o preço da variedade reagiu 15% em relação à semana anterior e, em Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), a valorização foi de 35%. A expectativa de produtores do Vale do São Francisco é que o volume de manga, em geral, seja maior a partir da segunda quinzena de julho e, em Livramento, esse aumento é esperado para o início de agosto.

MELÃO: Acúmulo de fruta na Ceagesp reduz preços
As vendas de melão seguiram baixas no decorrer das últimas semanas e, com isso, os estoques do melão estão elevados nos boxes atacadistas. A oferta é reduzida nesta época do ano, e mesmo assim, a fruta tem apresentado pouca saída, segundo atacadistas. De modo geral, a queda nas vendas neste período do ano é devido ao clima frio, que retrai as vendas de frutas de modo geral. O melão amarelo tipo 6-7 foi vendido na Ceagesp em média a R$ 17,22/cx de 13 kg na semana passada, recuo de 8% em relação à anterior.

UVA: Marialva e Norte do Paraná iniciam as podas para final do ano
Na última semana (07 a 11/06), em Marialva (PR) e no norte do estado alguns produtores já iniciaram as podas para a safra do final de ano. A safra deve iniciar em meados de novembro. Nesta semana, os preços também se sustentaram por conta da menor da oferta. A itália em Marialva foi a cotada a R$ 2,24/kg, valor 2% superior ao da semana passada. Para a próxima semana, a oferta deve permanece retraída mantendo os preços em patamares semelhantes.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Temperaturas caem ainda mais e causam geadas em pomares de maçã


Os termômetros caíram ainda mais no Brasil nos últimos dias, e algumas capitais registraram as menores temperaturas do ano nesta madrugada. Além de dias mais frios, a temporada do frio acaba trazendo também preocupação aos produtores.

No Sul do País, a região produtora de maçã de São Joaquim (SC) sofreu com geadas na semana passada. Este fenômeno atrapalhou o fim da colheita para produtores que ainda estavam realizando atividades no campo. Devido ao elevado grau de maturação das frutas que ainda estão sendo colhidas em São Joaquim, produtores tiveram de embalar a fruta e logo destiná-las às vendas. Caso contrário, devem ser destinadas à indústria de suco.

Além de afetar as atividades de campo nos pomares de maçã do Sul, o clima frio continuou limitando as vendas de outros hortifrutícolas na última semana, como tomate, batata, cenoura e mamão. Esse cenário é comumente observado no inverno.

A exceção continua sendo para a banana e para a laranja, especialmente para a variedade poncã, que tiveram suas vendas aquecidas na última semana. Ainda é pouca a oferta da banana em quase todas as regiões produtoras. Para a poncã, a oferta limitada de outras variedades de laranja acaba induzindo em maior consumo da tangerina.

Dentre outros mercados, começou na semana passada a safra de cebola no Centro-Oeste. Cristalina (GO) e Brasília (DF) registraram chuvas durante o plantio das cebolas, mas mesmo assim as primeiras colheitas nessas regiões apresentaram bons resultados, com cebolas de boa qualidade.

Por outro lado, a oferta de manga, melão e uva esteve reduzida na última semana. A colheita de manga está limitada no Vale do São Francisco, enquanto que no Rio Grande do Norte e no Ceará é entressafra de melão. Para a uva, Paraná está ofertando pouca uva ao mercado devido à redução da safra em Marialva, que deve seguir com colheita escalonada até julho.