segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Evento citrícola movimenta setor


Não houve grandes mudanças no setor de frutas e hortaliças na última semana. De forma geral, a comercialização no mercado doméstico de hortifrutícolas não foi tão aquecida, tendo em vista que o comércio desacelera na segunda quinzena do mês. Em algumas regiões produtoras, principalmente no Nordeste, as chuvas voltaram após meses de seca.

Dentre os acontecimentos que movimentaram o setor na última semana foi o Seminário “Desafios da Citricultura Brasileira”, realizado pelo jornal Valor Econômico no último dia 20, em São Paulo, que contou com a presença das principais lideranças do setor.

No evento, o Prof. Dr. da USP, Marcos Fava Neves, coordenou um estudo da cadeia e fez um retrato a respeito da citricultura nacional. O resultado se transformou em um livro intitulado “O Retrato da Citricultura Brasileira”, que está disponível no site da CitrusBR.

O evento também contou com a participação da pesquisadora do Cepea/Esalq-USP, a Dra. Margarete Boteon, que foi uma das moderadoras do Painel Consecitrus. Os principais pontos ressaltados pela pesquisadora foi que o Consecitrus deve gerar um sistema de remuneração que promova o melhor efeito distributivo da renda da laranja e dar segurança aos agentes da cadeia para novos investimentos.

A pesquisadora também aponta que um equilíbrio entre o produtor e a indústria na relação comercial é um dos maiores desafios da citricultura brasileira. Além disso, enfatiza a necessidade de melhoria do ambiente de negócios, através de informação econômica de melhor qualidade, bem como a defesa fitossanitária.

Para conferir mais detalhes da palestra da Dra. Margarete Boteon, acesso o site do Cepea.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Após meses de seca, pode chover nas lavouras de mamão


A seca nas regiões produtoras de mamão pode estar com seus dias contados. A chuva deve chegar nas lavouras nesta semana, após meses de seca.

Nas regiões de Linhares (ES) e de Teixeira de Freitas (sul da Bahia) não chove há mais de 2 meses, enquanto que na região de Barreiras (oeste da Bahia), e no norte de Minas, a seca durava cerca de 5 meses.

Durante a estiagem, os frutos que ficaram mais expostos à ação dos raios solares apresentam manchas fisiológicas, baixo desenvolvimento e produtividade. Com a umidade, a fruta que será colhida poderá apresentar melhor qualidade, além de preços mais remuneradores ao produtor.

Enquanto o clima chuvoso é bem-vindo para o mamão, os impactos do clima podem ser um problema para outras culturas.

As temperaturas mais frias na última semana chegaram a causar geadas em pomares de maçã na região de São Joaquim (SC) na última semana. Ainda é cedo para estimar as perdas, mas, segundo agentes, alguns pomares chegaram a ser perdidos.

O clima também é motivo de alerta aos produtores de uva do Vale do São Francisco, no Nordeste. Produtores nordestinos estão colhendo principalmente as uvas sem-sementes destinadas à exportação. As chuvas previstas para esta semana na região podem interferir na colheita e, inclusive na qualidade da uva exportada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Especial Batata - Gestão Sustentável


O Especial Batata é tema da edição de outubro da Hortifruti Brasil. Nesta edição, foi avaliado o cálculo de custo de produção de três regiões importantes de batata: Vargem Grande do Sul (SP), sul de Minas Gerais e Cristalina (GO).

Produtores convidados para o Fórum também deram a sua opinião sobre os resultados de custo de produção de batata das três regiões avaliadas nesta edição.

Para conferir a edição na íntegra, clique aqui.

Daiana Braga
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pomares de manga da Bahia precisam de chuva


As chuvas têm sido bem-vindas em regiões produtoras de frutas e hortaliças em parte do Brasil. No entanto, nos pomares de manga de Livramento de Nossa Senhora (BA), a chuva ainda não retornou na região, trazendo preocupação aos produtores baianos. Há o receio de que com a falta d’água debilite os pés e, em casos mais severos, resulte na morte da planta, comprometendo a produção de manga. Na Bahia, o retorno das chuvas deve ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro, conforme a Somar Meteorologia, mas a chuva deve ser regularizada apenas em novembro.

Por enquanto, as chuvas nas últimas semanas têm sido benéficas em algumas regiões do Brasil, como o Sudeste. O retorno delas contribui para o vigor dos frutos, como por exemplo para a laranja paulista, que estava murchando ainda nos pés devido aos impactos do recente período de estiagem. O clima chuvoso também é favorável para as floradas em laranja, pois deve possibilitar a abertura de floradas ainda neste mês.

Apesar dos benefícios do retorno das chuvas, o tempo chuvoso também pode trazer problemas. Para a cultura da cebola, o receio é se as chuvas persistirem nas lavouras do estado de São Paulo, pois os bulbos que estão plantados já estão passando do tempo de serem colhidos e, com as chuvas, poderão apodrecer, não compensando ao produtor os custos da colheita e sacaria, pois os preços da cebola já estão em patamares bem baixos.

O desenvolvimento de alguns produtos pode ter um ciclo um pouco mais demorado em períodos de chuva. Esse cenário, somado ao clima mais ameno, pode desacelerar a maturação do tomate, tornando a oferta menos disponível no mercado. Para produtores de batata, as atividades de campo também podem ser comprometidas, uma vez que o acesso às roças chega a ser dificultado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Chuva: bom para preço e qualidade


As recentes chuvas em boa parte do Brasil têm contribuído para “enxugar” a oferta na última semana, sobretudo de hortaliças. Com a umidade nas roças, as atividades de colheita foram reduzidas para as culturas de batata, cebola, cenoura e tomate. O solo úmido, no entanto, facilita no momento do plantio e nos tratos culturais, como é o caso dos produtores de cenoura de Minas Gerais.

A oferta mais restrita de hortaliças contribuiu para o avanço dos preços nos últimos dias. Produtos como a cebola do Vale do São Francisco, que estava sendo vendida abaixo do custo, esteve valorizada. O Vale do São Francisco acabou ganhando espaço no mercado do Sudeste por conta das chuvas na região. Já a batata chegou a subir 85% na Ceagesp na semana passada.

Além disso, a umidade traz mais vigor para algumas culturas. Para a laranja, que estava “murcha” ainda nos pés, o clima chuvoso deve contribuir para que a fruta ganhe peso e, inclusive, para o aparecimento de novas floradas, as quais devem ditar a proporção da próxima safra. Pomares paulistas de manga palmer apresentam frutos em crescimento, e a umidade é essencial para garantir seu bom desenvolvimento. Se confirmada para o fim de outubro, a chuva nas regiões produtoras de mamão também pode contribuir para a qualidade da fruta, cuja qualidade está pouco satisfatória.

Mesmo com chuva e temperaturas amenas nesta semana, as apostas são de que o mercado seja mais aquecido para frutas e hortaliças nos próximos dias, já que o consumidor, como maior poder aquisitivo no início do mês, é mais atuante nas compras.