segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Preço firme da lima ácida tahiti, mesmo com oferta elevada


A safra da lima ácida tahiti está em pico de oferta no estado de São Paulo. Geralmente, o volume da fruta no primeiro trimestre do ano é bastante elevado, o que pressiona as cotações. Nesta safra, no entanto, a oferta está menos concentrada, devido às múltiplas floradas observadas no último trimestre de 2010.

Esse cenário, somado ao bom escoamento da fruta in natura e à demanda por parte das indústrias, fez com que as cotações atingissem patamares recordes para o período. Em fevereiro, a média parcial (até a última sexta-feira, 25) da lima ácida tahiti foi de R$ 10,48/cx de 27 kg, colhida, valor 18,7% maior que o do mesmo mês de 2010.

Agentes de mercado acreditam que, até abril, a oferta de tahiti possa reduzir ainda mais, marcando o fim do período de pico de colheita.

De um modo geral, agentes do setor de frutas e hortaliças acreditam que as vendas devem reduzir nesta semana devido à proximidade do feriado de Carnaval. Quanto ao clima, o tempo deve ser mais favorável às atividades de campo no Sul do País, mas, está previsto chuva nas regiões produtoras de cenoura de Minas Gerais, interferindo na colheita.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Com chuva no Nordeste até maio, cenário é de cautela para as frutas


O Nordeste deve entrar em período chuvoso nessa segunda quinzena do mês, podendo se estender até maio, segundo prevê a agência Somar Meteorologia.

Se as chuvas se prolongarem até lá, o cenário é pouco favorável para a produção de uva no Vale do São Francisco. Por mais que sejam poucas nesse período, a colheita chega a ser dificultada. Pior que isso, o clima chuvoso é ruim para as podas dos parreirais cuja produção é destinada à exportação, podas estas que ocorrem principalmente em maio na região. As chuvas nesse período podem reduzir a produtividade, a qualidade e aumentar os custos com tratos culturais da uva do Vale do São Francisco.

O cenário é de atenção também aos produtores de manga de Livramento de Nossa Senhora (BA). Produtores seguem com receio de que a safra seja prejudicada, pois parte deles não está conseguindo induzir seus pomares devido às altas temperaturas. Por outro lado, a chuva é bem-vinda em Livramento, uma vez que o reservatório local está com baixo nível de água.

A região Sul, que já vem recebendo um bom volume de chuva nas últimas semanas, também deve continuar recebendo mais precipitações nos próximos dias. Essa condição pode atrapalhar um pouco a colheita de batata em Água Doce (SC) e Guarapuava (PR).

A chuva deve continuar em praticamente todas as regiões produtoras de tomate nesta semana. Com esse cenário, a qualidade dos frutos deve continuar prejudicada, visto que o clima quente e chuvoso acaba manchando o tomate, além de aumentar a incidência de bactérias nas plantas.

Vendavais atingem bananais do Vale do Ribeira

No início da semana passada, fortes vendavais atingiram a região de banana do Vale do Ribeira (SP), derrubando parte dos cachos que estavam se desenvolvendo em Sete Barras, Cajati, e Eldorado. Dessa maneira, existe a expectativa de que a produção durante o pico de safra (que acontecerá em março) seja prejudicada.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chuva reduz colheita de cebola e batata no Sul


As chuvas continuaram em quase todas as regiões produtoras de cebola do Sul do País na última semana. Praças como São José do Norte (RS), que estava com clima seco nas semanas anteriores, também recebeu chuva nos últimos dias.

A chuva não chegou a causar perdas de mercadoria. Com a umidade, no entanto, o carregamento da cebola nas lavouras aos barracões foi comprometido. Além disso, a chuva reforçou o aumento de doenças, como o “carvão” e bico d’água, doenças já presentes na cebolicultura do Sul há algumas semanas.

Mesmo com as atividades em campo em ritmo um pouco menor devido às chuvas, a oferta de cebola no mercado nacional ainda é elevada. Assim, os preços não chegaram a subir na Ceagesp: a variedade crioula foi cotada a R$ 12,33/sc de 20 kg de caixa 3, desvalorização de quase 20% na última semana frente à passada. Nem mesmo o bom comércio no início de mês conseguiu “segurar” os preços da cebola.

As atividades de colheita nas roças de batata no Sul do País, como em Guarapuava (PR), Água Doce (SC) e no Rio Grande do Sul, também foram menores. Porém, o pico de safra de batata no Sul de Minas e a entrada do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba no mercado contribuíram para suprir a redução da oferta do produto do Sul.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Edição de janeiro/fevereiro: CADEIA DO FRIO


A Cadeia do Frio (edição de janeiro/fevereiro, nº 98) é tema de capa da primeira edição da Hortifruti Brasil de 2011.

A cadeia do frio, além de manter a qualidade do produto, prolonga o seu período de comercialização, favorecendo o planejamento sobre o melhor momento de ofertá-lo. Mesmo considerando todos os seus benefícios, a implementação da cadeia do frio ainda é pouco usada no setor hortifrutícola.

Saiba sobre a importância, oportunidades e entraves da cadeia do frio acessando aqui!

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hortifrutícolas que devem ter oferta elevada em fevereiro

Fevereiro é um mês de elevada oferta para alguns hortifrutícolas. Enquanto alguns produtores devem iniciar a safra, outros já devem atingir o pico de colheita.

A batata de Minas Gerais é um dos produtos que devem começar a entrar forte no mercado neste mês. As principais regiões produtoras de batata de Minas Gerais – Sul de Minas e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (MG), devem ofertar um bom volume de batatas em fevereiro. Produtores de Água Doce (SC) e de Bom Jesus (RS) também devem intensificar as atividades.

As atividades de colheita de maçã no Sul do País também devem continuar intensas não só em fevereiro, mas pelo menos até abril. A colheita de maçã se concentra nos primeiros quatro meses do ano, e alguns produtores estocam a fruta ao longo do ano para programar o melhor período de venda da fruta.

A banana nanica vem se desvalorizando devido ao aumento da oferta da fruta no Vale do Ribeira (SP) e norte de Santa Catarina. O pico de oferta deve ocorrer só em março, pois as enchentes no Vale do Ribeira no ano passado atrasaram a safra e o frio durante a noite nas roças catarinenses desacelerou a maturação da nanica.

A uva fina dos municípios paulistas de São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul (SP) devem entrar em pico de safra já nesta semana.

Já outros produtos, em algumas praças específicas, devem apresentar pouca oferta nas próximas semanas. No caso do mamão, produtores do Espírito Santo e Sul da Bahia esperam que o volume colhido reduza significativamente apenas em março, quando há previsão de “pescoço” (período de entressafra causado por impactos climáticos) se inicie nas roças mais velhas. Assim, os preços devem seguir em patamares baixos nas próximas semanas.

Para o tomate, a produtividade das lavouras de tomate de Caçador (SC) está prejudicada nesta temporada. Além dos casos de requeima surgidos atualmente, as chuvas de granizo que ocorreram durante o desenvolvimento das plantas (fim de novembro/10) reduziu o calibre dos frutos, o que comprometeu a produtividade. Segundo tomaticultores da região, o rendimento médio de fevereiro deve ser inferior ao potencial da região.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil