segunda-feira, 30 de abril de 2012

Chuvas pouco refrescam condição dos pomares de laranja


Além do fato de ser fim-de-mês e também ser feriado amanhã (Dia do Trabalho), as chuvas em quase todo o País podem desestimular ainda mais o consumo de hortifrutícolas, em especial as frutas, neste início de semana. As chuvas, no entanto, são bem-vindas, uma vez que o tempo estava bastante seco, prejudicando as atividades de campo, como o plantio e colheita, e também a qualidade dos hortifrutícolas.

Do início do ano até semana passada, pouco choveu nos pomares de laranja do estado de São Paulo. O tempo relativamente seco nesse momento limita o crescimento da fruta, que não atinge o calibre ideal para a comercialização in natura nem para processamento industrial. A situação está mais confortável apenas para os pomares irrigados.

Há receio de que as laranjas que serão colhidas nos próximos meses também fiquem menores que o esperado, caso as chuvas continuem escassas. Isso impactaria em menor volume a ser produzido na temporada, ou seja, seriam necessárias um maior volume de frutas para compor uma caixa. Neste último final de semana, foi observado um maior volume de chuva. Em Limeira, choveu 10,4 mm no domingo (29), enquanto, em Bebedouro, 18,6 mm.

Quanto ao próximo trimestre (maio a julho), o relatório do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe) indica chuvas em torno da normal climatológica para o Sudeste, o que significa pouco volume.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Produtores de tomate e cebola em reta final de safra


Produtores de tomate na região de Itapeva (SP) finalizaram a colheita da safra de verão. A colheita era para estender até maio, mas os preços abaixo dos custos de produção desestimularam produtores a continuar a vender seu produto, chegando a “desmanchar” as roças. Venda Nova do Imigrante (ES), outra região que colhe tomate na safra de verão, deve encerrar a safra em maio.

Irati (PR) e Lebon Régis (SC), importantes praças produtoras de cebola, também estão na reta final da safra. Poucos produtores continuam ofertando em ambas as praças, mas em volume reduzido. Em Ituporanga (SC), ainda restam de 10 a 15% do total da safra, que devem ser comercializados até meados de maio.

Nordeste ainda sofre com seca; para a uva, tempo firme favorece maturação 

Chuvas ocorreram em boa parte do País neste fim de semana. No entanto, continua sem chuva na região de Irecê (BA), região que mais sofre com a baixa umidade. A expectativa era de que pelo menos metade do cultivo de cebola já tivesse acontecido até semana passada. A estiagem, porém, não permite os trabalhos de campo. A previsão é de que o clima continue seco por pelo menos nestas duas próximas semanas. Assim, a redução de área de cebolas para o segundo semestre em Irecê pode ser menor que o previsto anteriormente por produtores. 

O tempo seco pode aumentar a incidência de praças em mamoeiros do Rio Grande do Norte. Porém, produtores afirmaram que a qualidade do mamão ainda não teve danos com o período de estiagem, devido ao sistema de irrigação da região. Para as próximas semanas, ainda é previsto tempo firme para os mamoeiros potiguares, e produtores devem continuar focando nos processos de irrigação.

Por mais que a seca seja o maior problema enfrentado por agricultores nordestinos, o tempo seco favorece a maturação adequada da uva na região do Vale do São Francisco. A boa qualidade que tem sido observada na região facilita, por sua vez, o escoamento da fruta. A falta de chuva nos primeiros meses do ano tem demandado maior uso da irrigação, o que supre o déficit hídrico.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Seca prejudica safra 2012 de hortaliças


foto: Igepri.org

A escassez de chuva em várias regiões do Brasil está prejudicando o desenvolvimento da safra de hortaliças deste ano. Até mesmo em áreas que tipicamente utilizam a irrigação, a prática não está amenizando, pois o volume armazenado de água não é suficiente.

Assim, produtores de batata de Ibiraiaras/Santa Marisa (RS) já esperam uma redução de até 50% na produtividade da temporada das secas neste ano em comparação com a de 2011.

Com o clima quente e seco desde fevereiro, a safra de cebola de variedade bulbinho de Divinolândia (SP), que inicia no próximo mês, deve ter uma produtividade inferior à do ano passado. Os bulbinhos foram todos transplantados em fevereiro e apresentavam boa qualidade. No período de desenvolvimento, porém, choveu aproximadamente metade do que era esperado. Com o menor volume pluviométrico e as altas temperaturas, a germinação foi prejudicada.

Com isso, mesmo com a área cultivada de bulbinhos sendo semelhante a 2011, é esperada uma menor produção neste ano em São Paulo.

O Nordeste é uma das regiões que mais sofrem com a seca nestes últimos meses. Tanto a produção de cebola quanto a de cenoura já estão bastante prejudicadas em termos de produtividade e plantio.

Para o tomate, os principais efeitos da seca é o atraso no semeio e, principalmente, a aceleração da maturação dos frutos, o que torna a oferta do produto bastante significativa no mercado, pressionando os preços ao produtor.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

terça-feira, 10 de abril de 2012

Edição de abril: 10 Anos da Hortifruti Brasil


A Hortifruti Brasil completa 10 anos em abril de 2012. Para comemorar, convidamos nossos leitores a nos enviar perguntas ainda não respondidas pela Hortifruti Brasil.

As perguntas selecionadas você confere nas páginas desta edição, e envolvem discussões acerca do mercado de cada produto analisado na revista, além de temas como comercialização, consumidor e certificação.

Acesse! A edição está disponível em www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil. Esperamos que as respostas esclareçam não só as dúvidas dos leitores como também de todos os agentes de mercado envolvidos no setor hortifrutícola.

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Procura por hortaliças aumenta na Semana Santa


Os feriados de Paixão de Cristo e Páscoa na semana passada estimularam o comércio de hortaliças, sobretudo de batata, cebola e cenoura – a batata, por exemplo, é um dos principais acompanhamentos de pratos típicos consumidos durante estes feriados. Apenas no mercado de tomate é que as vendas não foram tão intensas nos últimos dias.

No mercado de batata, especificamente, a boa demanda não resultou em valorização tão expressiva do tubérculo. Na média da semana passada (02 a 05), a batata ágata especial foi comercializada na Ceagesp a R$ 45,38/sc de 50 kg, aumento de apenas 6,5% em relação à semana anterior. Isso porque há elevada oferta proveniente do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, principal região ofertante de batata no momento.

Já o ritmo de mercado de frutas foi bastante calmo durante a Semana Santa. A maioria dos agentes de mercado esperava essa queda na procura, já que tradicionalmente neste período o consumo de frutas é baixo.

Com essa baixa liquidez, atacadistas controlaram os pedidos de frutas, até porque na semana passada havia acúmulo de mercadoria na Ceagesp, reflexo ainda da greve na ceasa no final de março. Alguns produtores, inclusive, evitaram os grandes atacados e enviaram suas frutas diretamente aos supermercados.

De modo geral, agentes esperam que nesta semana as vendas possam ser impulsionadas, visto que é ainda período de recebimento de salários.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Greve na Ceagesp interfere mercado de hortifrutis


Foto: Fernando Moraes/Veja SP

A greve na Ceagesp nas quarta e quinta-feiras da semana passada chegou a mudar o ritmo das negociações de frutas e hortaliças. O motivo da paralisação foi a de que permissionários que trabalham na ceasa eram contra a proposta do novo controle de estacionamento no entreposto.

Durante as manifestações, muitos caminhões ficaram aguardando para serem descarregados. Com o pouco movimento devido também ao período de mês, houve acúmulo de mercadorias nos boxes, causando, inclusive, algumas perdas de manga. Atacadistas chegaram a cancelar alguns pedidos de cenoura, já que não houve descarregamento na central nesses dias. A paralisação acabou desviando as cargas de tomate para outros atacados, como o de Campinas (SP).

Porém, mesmo antes da greve, a procura não estava favorável por causa do período de fim de mês. A expectativa de atacadistas é de que haja melhora na movimentação no mercado nesta semana, porém não tão intensa, já que a Semana Santa é mais curta e o comércio de frutas, principalmente, não é tão intenso.

Semana Santa deve impulsionar vendas de batata e cebola

O aumento das vendas de bacalhau neste ano (39% em fevereiro deste ano frente fev/2011, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) é um indício que as vendas de batata devem ser impulsionadas, uma vez que o tubérculo é um dos principais acompanhamentos.

Os preços da batata nesta Semana Santa, no entanto, não devem atingir os patamares alcançados no ano passado. A explicação para isso é que, no momento, o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, principal praça ofertante do momento, está em época de colheita, diferentemente do ano passado, quando a região já caminhava para a reta final. Somado a isso, o Cerrado Mineiro está com produtividade maior nesta temporada.

A procura já foi mais intensa para a cebola na semana passada, valorizando o produto. Segundo produtores, a Semana Santa é o principal motivo, pois, além da batata, há maior uso do bulbo para preparo dos pratos típicos do período.

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil