terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Enfim, Consecitrus é aprovado


O Consecitrus finalmente foi aprovado no último dia 19 de fevereiro pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Devem fazer parte do Conselho a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), a SRB (Sociedade Rural Brasileira), a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e a Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores). 

A minuta do estatudo do Consecitrus em agosto, quando somará 180 dias após a aprovação. 

Essa é uma oportunidade importante para o setor produtivo se organizar e gerar um melhor equilíbrio no modelo de remuneração e poder de barganha entre fornecedor e indústria de laranja.

Daiana Braga - Equipe HF Brasil

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Alerta de mercado: Pode faltar alface na Ceagesp na semana que vem



Alguns produtores consultados pela HF Brasil nesta sexta-feira informaram que não entregarão alface na Ceagesp na próxima semana. Isso porque houve perdas significativas de folhosas no campo, pois não aguentaram o forte calor e o tempo seco – as chuvas ocorridas no fim de semana foram insuficientes para reverter esse quadro. Uma boa quantidade de pés de alface foi prejudicada, perdendo seu valor comercial e motivando o descarte das mesmas.

As folhosas são bastante sensíveis ao clima, principalmente a variedade americana. Nesta sexta-feira, por exemplo, o preço da americana na Ceagesp foi R$ 35,00/cx com 18 unidades. Esse valor representa aumento de 13% sobre os preços praticados na sexta-feira anterior.

Mesmo que haja falta de alface no mercado, produtores acreditam que os preços não devam subir mais do que os atuais patamares. Caso as cotações fiquem maiores no varejo, muito consumidores poderão não adquirir o produto, optando por outras folhosas ou hortaliças com preços mais em conta.

Por Daiana Braga - Colaboração: Bruna Abrahão Silva
Equipe Hortifruti Brasil

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

5º Seminário Nacional de Tomate de Mesa - 8 e 9 de abril

Clique no cartaz para melhor visualização

Nos próximos dias 8 e 9 de abril acontecerá o 5º Seminário Nacional de Tomate de Mesa (5º SNTM), no Teatro Unimep, em Piracicaba. 

Dentre os palestrantes convidados para o evento está o pesquisador do Cepea/Esalq, Eng. Agr. João Paulo Bernardes Deleo, que ministrará palestra intitulada como "Estratégias para enfrentar e superar os principais gargalos da cadeia produtiva de tomate de mesa".  

Todos os participantes do evento poderão compartilhar de "informações de utilidade para todos os elos da cadeia produtiva dessa hortaliça que é a líder de produção no Brasil". 

Para obter informações sobre a programação, mapa do local, inscrição, dentre outras, acesse o site oficial do Seminário: http://www.tomatedemesa.com.br/index.html.

Participe!

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Alerta de mercado: Enchente no Vale do Ribeira não prejudica produção de banana


Algumas cidades do Vale do Ribeira (SP) foram inundadas com as chuvas ocorridas no último fim-de-semana. A região é uma das principais produtoras de banana do Brasil, como Juquiá, que chegou a ser inundada em pontos isolados. A HF Brasil entrou em contato com bananicultores do Vale do Ribeira, e informaram que, felizmente, não houve danos à produção da fruta.

Isso porque nas áreas atingidas pelas cheias, as águas logo baixaram. Desde segunda-feira, 17, o clima tem voltado a ser mais seco e quente, o que impediu que as cheias continuassem a trazer prejuízos à região. Caso as enchentes durassem mais tempo, elas poderiam danificar os pés e “cozinhar” os cachos de banana.

As chuvas têm sido benéficas para a banana do Vale do Ribeira, pois amenizaram a forte estiagem atípica para esta época, e contribuíram para aumentar o nível dos rios da região.

Por Daiana Braga - Colaboração: Júlia Garcia e Amanda Jéssica da Silva
Equipe HF Brasil

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Chuva no Sul de MG impulsiona preço da batata

As chuvas tão esperadas voltaram a ocorrer em boa parte do Brasil desde o último fim-de-semana. Por conta das precipitações, atacadistas da Ceagesp consultados nesta segunda-feira informaram que a entrada de caminhões com carregamento de batata reduziu pela metade se comparada à entrada de sexta-feira.

Isso porque chuvas volumosas interromperam a colheita na região Sul de Minas Gerais, uma das principais regiões que estão ofertando o tubérculo à ceasa, além de Guarapuava (PR) e Água Doce (RS) – nessas duas regiões, no entanto, as atividades de campo não chegaram a ser fortemente afetadas.

O menor escoamento de batata fez com que as cotações subissem, pelo menos, cerca de R$ 20,00/sc de 50 kg nesta segunda frente à sexta, indo de R$ 57,00/sc para os atuais R$ 79,00/sc – alguns atacadistas chegaram a negociar a saca do produto por até R$ 100,00/sc.

Mesmo com a umidade, a qualidade não chegou a ser afetada. Mais chuvas deverão ocorrer nas praças bataticultoras ao longo desta semana, o que devem beneficiar a qualidade do produto, já que este ficou bastante debilitado por conta da seca e do calor.

Fique atento ao blog da HF Brasil para saber mais informações sobre o impacto das chuvas nas demais frutas e hortaliças.

Daiana Braga – Equipe HF Brasil
Colaboração: Amanda Rodrigues da Silva

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Alerta de mercado: Se calor continuar, pode ter escassez de tomate no fim do mês


O clima quente e seco que predomina desde o início do ano tem acelerado a maturação do tomate. Por conta disso, produtores de Itapeva (SP) consultados pela HF Brasil nesta quarta-feira informaram que, se o clima continuar favorável para a maturação do fruto, ou seja, com elevadas temperaturas e pouca chuva, a oferta de tomate pode reduzir significativamente no mercado no fim do mês e, inclusive, antecipar o calendário de colheita da safra de verão 2013/14. Normalmente, Itapeva oferta tomates da temporada de verão até maio.

Por enquanto, há muito o que se fazer nas roças. Há muito tomate maduro para ser colhido e comercializado. Desta forma, os preços ainda não tiveram reajuste e seguem estáveis. Na praça paulista, as cotações do tomate salada 2A estiveram nesta tarde em torno R$ 27,00/cx de 25 kg, enquanto que, na Ceagesp, a R$ 55,00/cx de 18 kg. 
 
Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil
Colaboração: Bruna Abrhaão Silva

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Consumo de HF pelas crianças: Como conquistar esse público?‏

A Hortifruti Brasil destaca na capa da edição de fevereiro a importância de as crianças consumirem alimentos saudáveis, como as frutas e hortaliças. 

Conforme a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), todos deveríamos consumir 400 gramas de frutas e hortaliças por dia. No Brasil, o consumo apenas desta parcela da sociedade absorveria 7 milhões de toneladas desses alimentos. E é cada vez mais comum a oferta de produtos direcionados às crianças, com embalagens de desenhos e tamanhos diferenciados.

Produtores de frutas e hortaliças devem aproveitar a dimensão deste mercado e se envolver em estratégias para conquistar esse potencial consumidor. 

Leia a matéria completa na página da Hortifruti Brasil! Nesta edição, também lançamos a seção Radar HF, com drops de informações de mercado, como economia, clima e novidades!

Daiana Braga - Equipe HF Brasil

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Veja o que o clima já impactou nos hortifrutícolas


O forte calor, recorde das últimas décadas, e a falta de chuva já estão causando prejuízos ao setor de frutas e hortaliças. E especialistas em meteorologia ainda não sabem dizer com clareza quando as chuvas retomarão seu regime normal, nem qual o volume que poderá ocorrer. O cenário climático ainda não deverá mudar nesta semana, mas precipitações um pouco mais volumosas poderão ocorrer a partir de meados da semana que vem, mas ainda não compensarão o déficit hídrico que o País enfrenta.

As regiões hortifrutícolas que têm recebido maior volume de chuva são parte do Nordeste e o extremo sul do Rio Grande do Sul.

A HF Brasil tem ouvido produtores e demais envolvidos na produção e comercialização de hortifrutícolas, e os impactos do clima estão a seguir.

 
Falta de água reduz rendimento das frutas, mas beneficia produção de manga
 
Reservatórios de água em seus mais baixos níveis, que impedem a irrigação, coloração inadequada e maturação precoce (que acarreta em menor calibre) são os principais impactos causados às frutas analisadas pela HF Brasil.
 
Por mais que a água seja necessária, a ausência dela ainda não tem sido um grande problema aos produtores paulistas de manga. O clima quente e seco tem, inclusive, ajudado na qualidade da manga nesta safra, como em Monte Alto/Taquaritinga. As mangas estão se desenvolvendo com boa qualidade, sem apresentar doenças. No entanto, algumas mangas estão sendo colhidas ainda verdes. 

Já para parte dos produtores de melão de Mossoró (RN) e Quixeré (CE) já reduziu o plantio por conta da escassez de água. Isso porque a água dos reservatórios estão nos seus mais baixos níveis históricos. Conforme produtores, o ideal seria que chovesse 800 mm para normalizar o nível dos reservatórios da região.

Nem mesmo as regiões mais frias do Sul conseguiram escapar do forte calor – o Sul registra as maiores temperaturas em relação às demais regiões do País. A safra de maçã do Sul tem intensificado a cada semana, e as primeiras galas colhidas estão apresentando cor mais amarelada por conta das altas temperaturas. Para que a maçã obtenha coloração mais avermelhada, são necessárias temperaturas mais baixas durante a noite, o que não tem ocorrido. Outra fruta que também está com coloração afetada é a uva de São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul (SP). A variedade mais afetada é a rubi, que está mais branca que o comum. Muitas bagas também estão murchando. 
 
A banana e o mamão são frutas que estão alcançando a maturação ideal para mercado, acelerada pelas altas temperaturas, mas estão apresentando tamanho abaixo do ideal. Tem sido registrado menor peso por cacho de banana colhido, o que reduz a produção por hectare. Quanto ao mamão, alguns pés no Espírito Santo que estavam encharcados, morreram. Vale lembrar que o cenário foi o oposto no ES em dezembro: enchentes causaram perdas de área no estado.

Para a manga e para os citros (laranja e lima ácida tahiti), sobretudo os produzidos no estado de São Paulo, as frutas já estão perdendo o vigor. As laranjas colhidas estão ficando murchas, sobretudo as tardias. Ainda não há relatos de fortes impactos da seca sobre a atual produção paulista, mas já há receio sobre a próxima produção 2014/15, cujas laranjas já estão em fase de desenvolvimento. A lima ácida tahiti, em plena safra, também está murchando e com menor calibre.

 
Dentre as hortaliças, cenoura é que apresenta menores perdas

A cenoura é uma das culturas beneficiadas pelo atual clima seco e quente. Pouco tem sido o descarte nas roças de Minas Gerais e de Goiás, e a produtividade tem sido elevada. A previsão era que este início da safra de verão 2013/14 fosse quente e chuvoso, o que compromete a produção. Além disso, houve inclusive redução dos problemas no pós-colheita, como a mela, já que há pouca umidade.

Ao contrário da cenoura, produtores de batata de Ibiraiaras (RS) já somam perdas de cerca de 60% da colheita realizada no fim de janeiro, por conta da redução na qualidade – muitas batatas estão apodrecendo, perdendo seu valor comercial. As folhosas, bastante sensíveis quanto ao atual clima, são as mais afetadas pelo clima. Estão ficando ressecadas e murchas, e chegam ao mercado com baixa qualidade, quando chegam.

O regime insuficiente de chuva pode fazer com que o calendário de colheita de tomate e cebola seja alterado neste ano. Cerca de 20% das mudas de tomates referentes à próxima safra de inverno deveriam ser levadas a campo neste mês, mas caso as chuvas não voltem de maneira regular, a porcentagem pode reduzir. Quanto aos tomates ofertados no mercado, referentes à safra de verão, parte dos frutos estão maduros, mas de cor amarelada.

O plantio da cebola de variedade bulbinho em Divinolândia e Piedade (SP) também está atrasado. O solo seco e a falta de água impedem o início do plantio, e ainda não há previsão para o começo das atividades.

Daiana Braga – Equipe HF Brasil

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Alerta de mercado: Baixa qualidade da cebola de São José do Norte limita vendas


Produtores de São José do Norte (RS) estão com dificuldades em fixar os preços para comercializar a cebola nesta quarta-feira, 5. Isso porque as cebolas colhidas estão com baixa qualidade por conta da umidade na região – tem chovido no extremo sul do Rio Grande do Sul nesta semana, ao contrário de boa parte do Brasil – e também pelo forte calor. A variedade colhida é, em sua maioria, de bola precoce, cuja colheita foi iniciada em novembro.

Parte dos produtores de São José do Norte não contém em suas propriedades infraestrutura para armazenamento dos bulbos, o que deprecia ainda mais a qualidade do produto.

Alguns produtores chegam a enviar suas mercadorias ao mercado, mas os caminhões acabam voltando uma vez que o comprador não está aceitando a mercadoria por conta da qualidade aquém do esperado. Isso causa prejuízos aos produtores de cebola do São José do Norte, que acabam tendo que descartar parte de sua produção.

Daiana Braga – Equipe HF Brasil

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Forte calor em janeiro deixa setor de HF em alerta


O forte calor que tem ocorrido em boa parte do Brasil tem deixado produtores de frutas e hortaliças em alerta. Historicamente, nos Sul e Sudeste, por exemplo, o mês de janeiro costuma ser bastante chuvoso, mas o cenário tem sido o oposto: a seca predominou durante todo o mês de janeiro, com chuvas mal distribuídas.

Isso ocorre porque há um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias ao País, segundo explicações da Somar Meteorologia. Pelo menos até a primeira quinzena de fevereiro, as temperaturas continuarão elevadas, com chuvas isoladas no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A previsão é que a umidade aumente apenas na segunda quinzena do mês, mas pouco aliviará o forte calor que predomina desde o início de 2014.

Para as hortaliças, os impactos do forte calor e chuvas insuficientes estão a seguir. Para o tomate, a maturação dos frutos acelerou em janeiro, aumentando a oferta no mercado. Algumas regiões estão em pico de safra de verão, como Itapeva (SP), Caçador e Urubici (SC), Chapada Diamantina (BA) e Reserva (PR). Vale lembrar que Venda Nova do Imigrante (ES) sofreu com enchentes em dezembro, e muitas áreas de tomates foram perdidas.

A batata que tem chegado ao atacado de São Paulo (Ceagesp) está com qualidade baixa por conta da seca, sobretudo as provenientes do Sul de Minas Gerais.

Em São Paulo, produtores de cebola têm relatado problemas para o preparo do solo para o plantio, sobretudo de bulbinhos em Divinolândia e Piedade (SP). Para o melhor preparo do solo, produtores relataram que é necessário usar mais irrigação.

A alface é uma das culturas mais afetadas pelo forte calor, já que são bastante sensíveis. Muitos produtores de São Paulo têm relatado elevada incidência de queima de folhas.

Dentre as frutas que mais foram influenciadas pelo clima, as altas temperaturas têm acelerado a maturação da banana nanica no Vale do Ribeira (SP). A variedade tem amadurecido mais rápido, mas apresentado baixo calibre.

Para o mamão, ainda não houve grandes impactos no Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, e a colheita segue normalmente. No estado capixaba, áreas de mamão foram perdidas por conta das enchentes, e produtores já estão repondo parte das áreas.

Uma análise mais aprofundada do clima e seu impacto nos hortifrutícolas serão publicados na edição de fevereiro da HF Brasil. Aguarde!

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil