segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Mercado é fraco no fim de mês



Foto: Ceagesp
O período não está muito propício para o comércio de tomate e batata, importantes hortaliças consumidas. Isso porque é fim de mês, quando as compras, de um modo geral, são menos volumosas. Além disso, para o tomate, o padrão de algumas mercadorias está aquém da desejada: boa parte do tomate que chega à Ceagesp está com calibre médio e miúdo. Já a batata está com qualidade satisfatória, mas mesmo assim o mercado está lento. Tudo indica que, com o início do mês, as vendas retomem o ritmo, como normalmente ocorre no período.

Na última semana, o tomate salada 2A foi comercializado na Ceagesp por R$ 29,86/cx de 18 kg, valor 32,4% inferior ao da semana passada. Quanto à batata, o preço médio de comercialização foi de R$ 28,65/sc de 50 kg, redução de 1,3% na última semana em comparação com a passada.

Também bastante consumida, a banana tem tido pouca saída nos últimos dias, também em razão do período de baixa remuneração dos consumidores. Muitos agentes que comercializam a fruta optaram pela manutenção dos preços, com o receio de perder consumidores caso haja reajuste nas cotações. A caixa de 20 kg da banana nanica teve preço médio de R$ 24,40 na última semana, estável em comparação com a semana anterior, enquanto, a prata, a R$ 42,00/cx, ligeiro recuo de 1% na mesma comparação.

Capitão Citrus, o super-herói da citricultura

Para combater a baixa demanda de suco de laranja nos Estados Unidos, o Departamento de Citros da Flórida, em parceria com a Marvel Entertainment, reformulou recentemente o mascote que representa o setor. A grande proposta deste personagem é atingir, através de revistas em quadrinhos do Capitão Citrus, cada vez mais novos consumidores de suco de laranja, sobretudo a nova geração. 
Capitão Citrus - Foto: FloridaCtrus.org

A bebida tem perdido espaço na mesa do consumidor norte-americano nos últimos anos, dando espaço para outras bebidas como água de coco, energéticos e de frutas exóticas.

Quer conhecer o Capitão Citrus? Acesse o site:


http://www.floridacitrus.org/captain-citrus/digital-comic/

Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Exportações de frutas do Nordeste ganham força


Exportadores do Nordeste, especialmente de melão e de uva, estão intensificando o envio de frutas ao mercado externo. Segundo levantamentos do Hortifruti/Cepea, estão sendo destinados ao mercado internacional cerca de 70% do total da produção de melões da região da Chapada do Apodi (RN)/Baixo Jaguaribe (CE), e os outros 30% estão sendo comercializados no mercado interno. Com a menor oferta de melão no mercado brasileiro, as cotações foram maiores na última semana. O amarelo tipo 6 e 7 foi comercializado à média de R$ 20,25/cx de 13 kg, valorização de 10% frente à semana anterior.

Os envios de uva do Vale do São Francisco também têm sido mais aquecidos nos últimos dias, contribuindo para uma menor oferta no mercado doméstico. No entanto, os valores praticados pela uva no mercado nacional podem limitar os envios da uva ao exterior neste segundo semestre. O Vale do São Francisco conta com menor volume de uvas neste ano por conta da quebra de safra na região. Na última semana, a região comercializou o quilo da crimson embalada por volta de R$ 7,00 enquanto que, da thompson embalada, a R$ 6,00 – ambas sem sementes.

Brasil pode exportar manga diretamente à Rússia

Há possibilidade de o Brasil enviar mangas diretamente à Rússia, conforme discutido em conferência entre empresas russas e brasileiras na última semana, realizado pelo Instituto Brasileiro de Frutas (IBRAF). Caso a negociações diretas sejam concretizadas, o país russo pode pagar bons preços pela manga brasileira. Cerca de 75% do volume total de manga exportado pelo Brasil é para a Europa, porém não se sabe quanto desse total acaba sendo destinado à Rússia.

Além disso, há também preocupações em torno da ”saúde” da fruta. Devido sua sensibilidade, a qualidade da manga poderia ser afetada durante a logística, visto a grande dimensão geográfica da Rússia. A preferência dos russos é pela variedade tommy, o que é positivo para o Brasil, que tem esta variedade como uma de suas produções mais fortes. A exportação direta para a Rússia também pode favorecer produtores brasileiros, visto que há uma preocupação do setor quanto à safra da Espanha, que começa em setembro, além do Peru e Equador. Além disso, a Espanha tem potencial para torna-se uma grande concorrente do Brasil no mercado europeu, sobretudo para as variedades com menos fibras - as preferidas no continente.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Qual o perigo de consumir a cera das maçãs?



Nesta semana, ganhou destaque nas redes sociais a divulgação de um vídeo questionando as ceras usadas em frutas para consumo in natura – na situação em questão, foi abordado o uso em maçãs. No vídeo, uma consumidora raspava a casca da fruta com uma faca, mostrando a cera extraída e argumentando que poderia ser prejudicial à saúde. O vídeo teve mais de 60 mil compartilhamentos, com muitos consumidores desavisados divulgando a informação.

No site Reclame Aqui, a empresa produtora das maçãs em questão respondeu aos consumidores, afirmando seguir as normas da legislação vigente e não aplicar nenhum produto químico nas maçãs depois de colhidas – apenas a imersão em água clorada para higienização. Assim, foi esclarecido que a cera presente nas maçãs é natural, e serve para proteção da fruta contra a transpiração excessiva e murchamento rápido.

A ABPM (Associação Brasileira de Produtores de Maçã) também esclareceu que a camada natural de cera nas maçãs pode variar de espessura, de acordo com a variedade da fruta, a época de colheita, o período em que a fruta ficou armazenada, a região de produção e as condições climáticas durante o desenvolvimento do pomar.

Esclarecido este “mito”, a Hortifruti Brasil espera que não haja impacto negativo no consumo de maçãs.
 
Por Fernanda Geraldini e Letícia Julião

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Proximidade do calor já influencia em maior procura por frutas


Com a proximidade da estação do calor – a primavera tem início na próxima segunda-feira, dia 22 – o mercado de algumas frutas já começa a ficar mais movimentado. Neste fim de inverno, as temperaturas estão significativamente elevadas, o que já permite que o consumidor aumente suas compras de frutas. O período de recebimento de salários também é outro fator que tem estimulado as compras nos últimos dias. Na última semana, as frutas que tiveram maior procura foram uva, maçã e melão. 

Produtores da região de Jales (SP) aumentaram a oferta de uvas no mercado, mas como o cenário está favorável, as cotações subiram nesta praça. O preço do quilo da uva niagara de Jales foi de R$ 4,04 na última semana, aumento de 12,8% sobre a semana anterior.

A maçã também foi vendida a preços mais elevados. Outro motivo que tem favorecido a valorização desta fruta é que houve redução na oferta da variedade gala. No atacado de São Paulo (Ceagesp), o preço médio da gala foi de R$ 62,50/cx de 18 kg, valor 4% maior frente ao praticado na semana passada.

Houve também maior procura para o melão, mas esses comportamento foi sentido, por enquanto, nas roças do Vale do São Francisco. Como ainda há estoques de melão amarelo nos boxes da Ceagesp, os preços ainda não subiram na ceasa. Já o melão orange teve valorização significativa na semana passada. Os estoques dessa variedade diminuiu no atacado, visto o aquecimento das temperaturas e, consequentemente, aumento na demanda. O melão orange foi comercializado à média de R$ 12,25/cx de 6 kg na Ceagesp na última semana, valorização de 20%.

Daiana Braga - Equipe Hortifruti Brasil

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Edição de setembro: Logística - por onde passam os HFs?


Hortifruti Brasil avaliou as condições das estradas e o custo dos fretes nas principais rodovias que levam as frutas e hortaliças até o maior centro de abastecimento, a Ceagesp.
 
Apesar de haver avanços na logística brasileira, o setor ainda tem que enfrentar desafios.

Saiba mais e leia a matéria completa na edição de setembro da Hortifruti Brasil na página do Cepea: 
www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil.

Atenciosamente,
Equipe Hortifruti Brasil

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mercado aquece com início de mês; primavera pode estimular consumo ainda maior

 
As vendas de frutas e hortaliças estão mais aquecidas desde a semana passada. A principal explicação é o início do mês, período de recebimento dos salários de boa parte dos consumidores, que estimulam o comércio. Agentes estão otimistas que as vendas podem aumentar consideravelmente a partir deste mês com o início da primavera, quando o consumo, especialmente o de frutas, aumenta.

Além do maior ritmo de vendas de hortifrutis, a menor oferta de algumas frutas e hortaliças e o clima um pouco mais quente em algumas praças consumidoras também foram favoráveis ao consumo. Dentre os HFs beneficiados pelo período foram o melão, cenoura, manga e cebola.

Visto a diminuição da oferta de melão e as altas temperaturas no Nordeste, a demanda pela fruta superou a oferta do Vale do São Francisco nesta semana. Assim, as cotações do melão amarelo na região tiveram aumentos expressivos, superando a expectativa dos produtores da região. Na média semanal, o amarelo foi comercializado por R$ 18,75/cx de 13 kg nas roças do Vale, aumento de 21% sobre o preço médio da semana anterior.

O mercado de cenoura também foi favorecido pelo início do mês. A caixa de 20 kg da classificação 3A foi cotada a R$ 16,75, leve aumento de 1,5% em relação à semana passada. 

Houve melhora na cotação da manga na última semana. Segundo atacadistas da Ceagesp, o volume da fruta que chega à ceasa está baixo. O preço da manga tommy teve aumento de 11% na semana passada frente à anterior, enquanto a palmer subiu 27%. Com a valorização, já se observa frutas verdes chegando à central de abastecimento e, se este volume aumentar, pode ter redução nos preços nos próximos dias.

Outra cultura que está com oferta nacional limitada é a cebola. Os preços subiram em todas as regiões analisadas pelo Hortifruti/Cepea, e o aumento foi maior no Vale do São Francisco. A média semanal da cebola foi de R$ 1,42/kg na roça nordestina, alta de 67% em relação à média da semana passada.

Preços do tomate e da uva reduzem com oferta elevada

Já tomate e uva não tiveram o mesmo bom desempenho de alguns HFs, e tiveram seus preços reduzidos nos últimos dias. Dado o calor nas roças de Araguari (MG) e Mogi Guaçu (SP), a maturação do tomate foi acelerada, permitindo que produtores colhessem um maior volume de tomates. O tomate salada 2A foi comercializado entre 1° e 05/09 à média de R$ 28,59/cx de 18 kg na Ceagesp, valor 20,7% inferior se comparado à semana anterior.

Na viticultura, a safra de Jales (SP) aproxima do pico de safra, previsto para esta semana – deve se estender até o final do mês. Apesar do aumento na oferta de uvas finas na praça paulista, a qualidade satisfatória limitou uma maior desvalorização semanal. Já para a niagara, agentes informaram que a disponibilidade da variedade está menor em comparação à de finas, o que influenciou positivamente nas cotações desta variedade. A uva Itália de Jales foi negociada na última semana a R$ 2,35/kg, queda de 9,6% frente à última; a nigara obteve preço médio de R$ 3,58/kg, aumento de 7,8% na mesma comparação.

Por Daiana Braga – Equipe Hortifruti Brasil